segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Moçambiquizando


Pelo Mil Folhas (edição de 06/06/06), suplemento do Público, soube da publicação de Moçambiquizando, um livro de poemas de Delmar Maia Gonçalves.

O livro terá sido apresentado ontem (06/05/11, pelas 18.30 horas) na FNAC do Chiado, em Lisboa, por Guilherme de Melo e Jorge Viegas.

Não conheço o autor e o livro ainda não apareceu nos expositores da Bertrand, em Santarém – que, por razões de proximidade, é a livraria que mais frequento. Mas sei quem são o Guilherme de Melo e o Jorge Viegas.

Para a generalidade dos militares que prestaram serviço em Moçambique, Guilherme de Melo é (será) sobretudo o responsável pelo suplemento “Coluna em Marcha”, do Notícias, de Lourenço Marques. Jorge Viegas, nascido e crescido na Zambézia, autor de “O Núcleo Tenaz”, será um desconhecido.

Se o autor (e o Mia Couto) me perdoar a ousadia, é assim que se moçambiquisa: moçambiquizando…

Sem Camuflado
In Blogue "Nós, do Comando"
http://comando-de-agrupamento.blogspot.com/2006/05/moambiquizando.html

Per il Mozambico si potrebbe segnalare anche il poeta Delmar Maia Gonçalves che affronta anche la problematica del meticciato. La sua ultima opera si intitola Moçambiquizando.


Un saluto
Piero


In Blogue "Precario"
http://dottora-bayard.splinder.com/

Correndo os olhos (estou sentado a olhar para eles)… que mais? sei que alguns Fernando Grade e que não conhecia, uns comprados e outros oferecidos pelo barbudo mais famoso de Portugal, poesia em capa própria e nos eternos ‘Viola Delta’, mais uma recolha de crónicas dos tempos do jornal ‘Record’; também li amigos e outros amigos-ainda-desconhecidos que entraram no nº 3 dos Cadernos Moçambicanos Manguana, onde eu também juntei umas coisas; dum deles, do Delmar Maia Gonçalves, refiro além da tal edição colectiva o seu ‘livro de mangusso’, Afrozambeziando Ninfas e Deusas, e para a semana lança outro, ele não pára!

In Blogue "O Vazio"
http://nunaweb.blogspot.com

Carlos Gil (Escritor Luso-Moçambicano)

domingo, 15 de novembro de 2009

Labirinto de Espelhos - Estudo da Obra

A obra publicada em livro (20 autores) causou-me uma bela impressão.
Pode-se dizer que esta obra, labirinto de espelhos nos dá uma mostra da mais nova poesia portuguesa numa amostragem. A tradição e a modernidade se fundem e nos oferecem diferentes
visões de imagens, visões de vida e sobre a literatura através de autores com diversas tendências e de diferentes gerações.
Jovens poetas, poetas maduros possuindo um domínio total de seu instrumento seja em contos seja em poesias, que desafiam concepções platônicas e aristotélicas de se ver a arte, um verdadeiro habemus spirita capaces e sendo o suficiente para que me debruçasse com prazer em ler esta obra.
Aqui, ao meu juízo expresso alguns autores que integram o livro e nos quais me agradaram integralmente com suas composições:


DELMAR MAIA GONÇALVES
PEDRO FERREIRA
LUIS TELÉSFORO
MARIA DOLORES PITEIRA
ISABEL ROMANO COLAÇO
ISABEL VALENTINO
IRONDINA VIEGAS
JOSÉ BRANQUINHO
PEDRO LOPES
DAVID SANTOS


Os demais autores não citados aqui também possuem obras com valor literário e com distinção, porém não atingem nas suas obras expostas uma regularidade tão monolítica que os acima citados.
Sobre os autores que citei acima posso falar um pouco sobre alguns; Delmar Maia  Gonçalves é um autor que
integra a seção dos contos da referida obra põe grande maestria nas palavras. Escreve na temática africanista com muita imagem, colorido e enredo, um grande sabedor da realidade africana, porém porque pertenceu a essa realidade.
Pedro Ferreira, autor jovem, com poemas modernos bem modulados e profundos em que o último poema dele causou-me uma grande impressão literária. Luís Telésforo, com a clássica forma do soneto e tradicionalíssimo na forma, singular em expressão a perpassar vibrações fortes no seu acorde poético.
Maria Dolores Piteira, Isabel (Colaço), Isabel Valentino e Irondina Viegas forma um quarteto indispensável no livro. Com poemas de grande subjetividade em poemas de intensa sugestão, o eu-lírico é cantado com louvor formam o ponto alto da obra, tais obras lembram um quarteto significativo do luso-poemas (Vanda Povoa, Rosa Maria Anselmo, e as brasileiras Ângela Lugo e Edileia Silva Santos).
No remate, outros três expressivos autores. José Branquinho, perfeito no soneto e a passar muito talento verbo-emocional (equivalente a grandes sonetistas do luso-poemas) , Pedro Lopes, numa feliz escola de poemas para publicação (todos bons), peças escolhidas de seus livros Plenitude do sentir e Reminiscência de infinito sentir) e finalizando com o notável autor David Santos forma essa lista, que ao meu ver faz valer a pena ter na biblioteca essa singular obra.


Muito obrigado pela atenção dispensada.


Cordiais saudações a todos
Claudio Godi.
In "Coluna de Godi" www.luso-poemas.com