sábado, 11 de dezembro de 2010

Poesia do Índico ao Atlântico

No próximo sábado, 1 de Outubro e pelas 17 horas, no net-café-livraria "Copo com Texto", em Almeirim, a voz aos poetas e aos que os declamam.
Confirmadas estão as presenças de: Elsa de Noronha, Nora Villar e Paula Ferraz; Delmar Maia Gonçalves, Fernando Grade e o seu heterónimo Abel Sabaoth, Jorge Viegas, Manuel Matsinhe, Pedro Laranjeira, Renato Graça, e eu e o meu heterónimo José Alberto Sitoe.
Será uma tarde especial. Apareçam...
Nota do dia 3: Foi maravilhoso, só quem lá esteve poderá entender em como a adjectivação é avara perante os momentos de magia poética que se viverem, com um público amante e tolerante, sedento de poesia e também participativo em declamá-la. A minha imensa gratidão a todos os meus Amigos que acederam a deslocar-se a este canto da lezíria, para nos proporcionarem Tanto!


Carlos Gil
in http://xicuembo.blogspot.com

Mais Letras moçambicanas

É já no próximo sábado, 23, pelas vinte e uma, vinte e uma e trinta, lá naquele cantinho tão bonito e onde nos sentimos tão bem rodeados por tanto Amigo impresso, a Livraria Ler Devagar, que será o lançamento do nº 2 dos Cadernos Moçambicanos Manguana, com poesia e prosa dos autores Delmar Maia Gonçalves, Manuel Matsinhe, Maria Olga Santos, Jorge Viegas, Renato Graça, Flaviano Fernandes, Nora Villar, José Alberto Sitoe, Nídia Fernandes, e eu também lá tenho umas linhas.
Como a 'cena' é no Bairro Alto e é sábado... 'bora a uma desbunda de letras e latitas?

Carlos Gil
In Blogue http://xicuembo.blogspot.com

Mensagem que não sai da gaveta de quem a pensa

Há algumas semanas atrás, por um pequeno acaso, vi-me envolvido no 1º Encontro de Escritores Moçambicanos na Diáspora e ouvi o organizador do evento, professor e poeta Delmar Gonçalves, lamentar a falta de correspondência entre os escritores moçambicanos nomeadamente os que se afastaram geograficamente da mãe pátria, contrastando com o que se passava “antigamente” em que, até de forma clandestina, se trocavam ideias à distância.
Penso que essa preocupação ilustra bem a maior lacuna da sociedade actual – a indiferença. É impressionante a forma como o crescente aparecimento de vias de comunicação simples e rápidas traduz-se de forma inversamente proporcional nos contactos humanos. A atmosfera dos nossos dias apresenta-se estranhamente cinzenta… vazia… ausente… inerte… engolida pelo efervescer do dito progresso que o futuro dirá se se tratou ou não de mero desenvolvimento de fachada e não gelou por completo o interior de cada um na sua relação com o mundo, com os outros e, no limite, consigo próprio. Até dá a ideia que a ausência de esforço em fazermos chegar o nosso pensamento numa fracção de segundo a alguém que se encontre nos nossos antípodas banalizou e, por conseguinte, desvalorizou o relacionamento humano. Sente-se que havia mais vontade em comunicar quando se tratava de um cabo de tormentas fazer chegar a mensagem ao destinatário e não é necessário recuar ao tempo do pombo-correio ou dos sinais de fumo.

Rui Reis
In http://justperfectworld.blogspot.com