quinta-feira, 7 de maio de 2015

Memórias vivas da poesia moçambicana


Já disse poesia que encha o Índico. A larga experiência vocacionada a arte de falar coisas iguais de forma diferente, torna Delmar um mestre inconfundível. Também escreve, e alguns dos seus leitores e seguidores são unânimes ao afirmar que “um pouco de inconformismo” vigora sobre as suas palavras.
É poeta revolucionário, mas, a sua escrita não produz desagrado ou agitação; pelo contrário produz dúvida sobre o que a sociedade pensa ser normal, e deixa muito que pensar. Certas vezes entende-se que o poema escrito, encontra a perfeição na poesia dita.
Dos seus favoritos destacam-se temas relacionados aos conflitos sociais, étnicos, raciais, amor, saudade e outros. E, de saudade o autor inspira-se quando se lembra da terra natal. As suas prosas são raras, mas, de qualidade impar, aliás, há mais poema do que prosa poética de Delmar disponíveis.
Considerado como bastonário das antologias lusófonas e manilha de ligação entre vários poetas moçambicanos e outros falantes da língua portuguesa. Tem vindo a inspirar jovens escritores e ocupa um lugar de destaque como selecionador da equipa de poetas moçambicanos: Delmar é poesia!
E para celebrar:
"Aqui estou eu
Mestiço de negro e branco
Severo e brando
Obstinado e ocioso
Modesto e orgulhoso
Obsessivo e sereno
Manso e prudente
Agradável e egocêntrico
Talvez a lei dos contrários
Impere em mim
Ou talvez haja apenas
Uma simbiose de antíteses
O que faz de mim indivíduo
Pois é…
Eu sou eu."
Delmar Maia Gonçalves



Hosten Yassine Ali 

2 comentários:

Telé de Carvalho disse...

Gostei!

É bom encontrar um blog moçambicano desse tipo

Me encontre em : DE LA VÉRITÉ

Eu sou Angolano

Telé de Carvalho disse...

Gostei!

É bom encontrar um blog moçambicano desse tipo

Me encontre em : DE LA VÉRITÉ

Eu sou Angolano